


Marcelo LaFontana
11 setembro / 18:30
Anfiteatro da Anta

Teatro Mamulengo
TEATRO MAMULENGO (FORMA POPULAR E TRADICIONAL DE TEATRO DE
MARIONETAS NO BRASIL)
O nome Capiroto, título deste espetáculo de Mamulengo, é um termo popular brasileiro, muito comum, usado para designar o diabo. Neste caso, não se refere ao lado maquiavélico e terrível da personagem, no seu contexto judaico-cristão, mas antes ao conceito profano da festa, da amoralidade e da liberdade para os prazeres mais “carnais” e transgressores, como são a dança, a música, a comida e a sexualidade. Evoca a alegria que permitem alterar o equilíbrio da sociedade, as relações de poder, insurgindo-se contra o maniqueísmo da vida. Cria-se assim um outro universo, com personagens e temas de um mundo ao qual cada um de nós está sujeito, submisso e é por vezes explorado. Transpomos, com o Mamulengo, a dura realidade do quotidiano para uma outra dimensão, onde a voz do povo, seus anseios e vontades são ouvidos. Tudo na intenção maior de provocar o riso que, gerando a folgança, o alívio e o divertimento, atua como elemento catártico e de grande comunicabilidade.
Encenação/interpretação: Marcelo Lafontana
Cenografia e Figurino: Sílvia Fagundes
Direção Técnica: Pedro Cardoso
Fotografia: J.Pedro Martins
Duração: 45 min | Classificação Etária: Maiores de 4 anos


bio
Marcelo Lafontana, brasileiro radicado em Portugal desde 1990, é licenciado em Educação Artística/Artes Cénicas, em São Paulo, e Teatro e Educação, pelo Instituto Politécnico de Coimbra. Realizou mestrado na área do ator-marionetista pela Universidade de Évora, onde atualmente frequenta doutoramento em História da Arte.
Construiu um projeto artístico sólido e coerente, que assenta no reconhecimento e exploração das técnicas tradicionais do Teatro de Formas Animadas, procurando compreender a sua natureza essencial e – em especial – encontrando os caminhos para a sua evolução. Neste sentido, criou a companhia Lafontana - Formas Animadas, sediada em Vila do Conde, onde lidera atualmente uma equipa multidisciplinar, composta por artistas, técnicos e investigadores de teatro e multimédia, que concentram esforços para aliar aos princípios ancestrais desta arte elementos contemporâneos e recursos tecnológicos atualmente disponíveis, de forma a contribuir para aumentar a eficácia dos sistemas originais. Juntos, têm levado mais longe o ensaio das possibilidades de evolução para o universo das marionetas, com uma aproximação entre uma prática tradicional e um teatro contemporâneo de cariz mais experimental, livre, ousado. Lecciona atualmente a disciplina Teatro de Formas Animadas na Licenciatura em Teatro da ESAP, tendo colaborado com outras instituições do ensino superior, tais como a ESEC, a ESMAE e a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, entre outras.
